19.9.14

Preto no branco

Poucas coisas devem ficar tão unanimemente bem aos homens como uma camisa branca. 
Por mim, confesso, adoro ver um homem de camisa branca e acho que não há rigorosamente homem nenhum que não fique bem, melhor, mais bonito ou mais elegante com uma. E isto seria só por si um contra senso já que, como também é unanimemente sabido, o branco não ajuda seja quem for quando as medidas já são volumosas. Mas neste caso, dá-se o caso do branco ser sempre um fator valorizador e não o contrário. Claro está que quanto melhor for o pano melhor o efeito - embora seja sempre útil não esquecer que no melhor pano cai a nódoa. Um bom algodão, com um vinco bem feito. Um bom linho, desalinhado o quanto baste. Depende do perfil. Depende da ocasião. 
Há depois aqueles homens que adotam o branco, a camisa branca, como imagem de marca. Quaisquer que sejam as razões que assistam à opção, confesso que em contrapartida esta já é uma ideia que me agrada menos. Tornar rotina o que nos diferencia e melhora pode ser uma faca de dois gumes. E sempre desmobilizador da imaginação, pelo menos para mim. Uma farda foi coisa que nunca me encantou, se calhar porque no meu imaginário esconde alguma coisa ou anula outras tantas, mais interessantes, como a multiplicidade de que todos somos feitos por dentro. Venham os dias às riscas, ou até mesmo de preto, e brindemos ao branco como um balão de oxigénio, como um recurso sempre garantido, para estarmos bem.
Há depois também quem adote o preto como imagem de marca. Nesse caso, normalmente, num look completo, denso e intenso. Misterioso, crêem provavelmente os seus donos e senhores. Será, talvez, na opinião de muitos. E gostos não se discutem, digo eu. Mas há sem dúvida algo de paralelo nesta obsessão entre vestir sempre branco ou sempre preto. E não será apenas estética, atrevo-me a dizer. Anyway, pouco importa. Confesso que sou particularmente fã de uma e outra, embora ambas com peso conta e medida e, acima de tudo, com sentido estético e de ocasião. Saber ser e estar é fundamental, em tudo na vida.
Se é verdade que me revejo nos padrões é bem mais verdade que sou cada vez mais adepta das cores sólidas na roupa. O resto pode muito bem ficar para os acessórios. Como já dizia Ivone Silva, com um vestido preto, eu nunca me comprometo.
Também sou definitivamente fã de pessoas sólidas, mas isso já era outra conversa e dava pano para mangas.

4 comentários:

  1. Eu gosto de homens de camisa mas nunca pensei particularmente na camisa branca. Talvez seja verdade!

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  2. Eu perco-me é por um homem com camisa azul: aquele azul claro que não é bem clarinho, sabes do que falo? Aquele azul das camisas clássicas. A-D-O-R-O :-)

    Beijo, Margarida {ando "calada", mas venho sempre aqui}

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    Respostas
    1. Sei pois! E também gosto.
      Bom saber que andas por cá. Já eu, estou cada vez pior, com as visitas aos meus blogues de sempre...
      Um grande beijinho!

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