19.2.14

Antes que o Inverno acabe







E o prazo de validade também!

Casa de bolacha de gengibre Ikea, decorada por moi-même numa inspiração entre o Natal e o Carnaval...
Agora resta saber quem é que vai comer isto!

p.s alguém tem o contato dos manos Hansel & Gretel?

6.2.14

Amores antigos



A propósito deste post, num comentário, foi-me pedida a receita daquele que é, desde há muitos anos, o bolo de aniversário do meu pai.

Por ser um clássico - e a receita que tenho e faço é a clássica; nada de natas e chantillys! - talvez a Cris tivesse achado que o bolo que faço tinha algum segredo. Mas não tem! 

Só que o seu pedido relembrou-me que este meu gosto pela cozinha é antigo, bastante antigo. Que o meu livro de receitas é tão antigo quanto ele e que a primeira receita que nele registei foi precisamente esta, a do clássico Bolo de Bolacha. E isso, só por si, deu-me vontade de fazer um post, para partilhar a "minha receita", com as marcas do tempo que tem.

O meu livro de receitas é um caderno de capa dura, pautado, com uma obra do pintor alemão do séc. XVIII, Cornelis van Spaendonck, conhecido pelas suas obras com temas florais, com um certo cunho Vitoriano. Eu teria os meus dezassete anos, quando o comecei.

Os ingredientes são os que se lêem e o passo a passo é igualmente simples:

  Bater a manteiga com o açúcar até obter uma mistura esbranquiçada e homogénea. 
  Juntar as gemas e, por fim a clara batida em castelo.
  Molhar muito rapidamente as bolachas em café morno.

Estas foram as únicas notas que tomei.
As minhas dicas, apuradas pelo tempo e pela experiência, são estas:

A quantidade de bolacha é mais ou menos a olho, mas gasto cerca de um pacote e meio de bolachas.

O café deve estar praticamente frio para que as bolachas molhem mas não empapem. Deve ser forte para que o sabor fique intenso.

Para quem não é guloso - como o meu pai! - bolacha Maria torrada é uma ótima opção.

Não está escrito na receita, mas é mais ou menos óbvio, que as bolachas molhadas no café são dispostas em camadas com uma leve cobertura de creme entre elas. 

Para decorar, a amêndoa palitada ou ralada, previamente torrada de forma ligeira no forno, dá um gosto  e um toque especial. 

O resto... o resto são coisas do coração.